quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Arqueólogos encontram na Grécia sepulcros de cerca de 2.650 anos





Gente, olhem que interessante essa matéria, só lembrei das aulas de Silvino!
Leiam, pois essas descobertas sao bem interessantes para nós.



Uma equipe de arqueólogos desenterrou na província grega da Macedônia (norte) um total de 43 sepulcros que abrangem um período de quase quatro séculos, do ano 650 a.C. (antes de Cristo) a 279 a.C. As descobertas foram relatadas nesta quinta-feira pelo Ministério da Cultura grego.

Os achados são resultado das escavações realizadas durante este ano no cemitério ocidental do povoado de Arjontiko, a cinco quilômetros de Pelas, capital do Império da Macedônia durante sua época de esplendor e cidade natal de Alexandre, o Grande.

Segundo os primeiros estudos, a maioria dos túmulos, datados entre 580 a.C. e 480 a.C., pertencia a guerreiros e continham capacetes de cobre ou máscaras de ouro; lanças e uma faca; jóias de ouro, prata e cobre; estatuetas de móveis e carros; e ídolos de deuses e animais.

Algumas tumbas de mulheres dessa época apresentaram ricos tesouros de jóias, facas de ferro, estatuetas de argila arenosa e cântaros de cobre. Entre os achados destaca o sepulcro de uma menina que abriga uma coroa de cobre banhada de ouro, três ânforas de cerâmica, um cântaro de cobre e um busto de argila arenosa da morta de dimensões naturais.

Durante as escavações dos últimos oito anos, feitas em apenas 5% do recinto, foram localizados 915 sepulcros.

Esses enterros revelam o crescimento econômico e a composição demográfica do povo com os cadáveres enterrados em sepulcros de terra e sarcófagos de madeira, ordenados por famílias, gênero e status social.

O assentamento de Arjontiko ficava em um cruzamento de caminhos de grande importância estratégica, tanto militar como para o comércio de objetos de luxo e de matérias-primas através dos séculos, segundo informaram os cientistas.


Fonte http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u443662.shtml

imagem http://cienciaesaude.uol.com.br/album/0809_album.jhtm?abrefoto=50

http://cienciaesaude.uol.com.br/album/0809_album.jhtm?abrefoto=50

Por Danielle Costa

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Escola Cenecista João Régis Amorim

Nossa pesquisa teve, à priori, como campo de coleta de informações a Escola Dominique, situada ao Bairro José Américo no Município de João Pessoa. O primeiro contato foi realizado no dia 05 de agosto do presente ano. Porém por motivo de falta de dados, tornou impossibilitada a pesquisa nesta escola. Para tanto, e dando continuidade à pesquisa, contatamos a Escola Cenecista João Régis Amorim.

Nosso primeiro contato foi com o porteiro que nos orientou a procurar pela Coordenadora e Psicóloga Adaluza Barboza de Lima. Ao entrar na escola, nossa primeira visão foi com um grupo de crianças envolvidas em atividade de dança. Mais adiante duas professoras que trabalhavam em cima de um material do grupo folclórico nos mostraram o caminho para a coordenação. Esse primeiro contato nos deixou bem à vontade pelo fato da escola se mostrar comprometidos com atividades no campo das artes em geral. Já na coordenação, conversando com as coordenadoras Maria do Socorro Caju e Adaluza Barboza de Lima que nos trouxeram as primeiras informações que constam de material escrito sobre a escola e breve histórico da rede CNEC de Ensino.

CNEC

Fundada em 1943, na cidade de Recife/PE, como Campanha do Ginasiano Pobre, a CNEC nasceu do ideal de um grupo de estudantes universitários que, liderados pelo Professor Felipe Tiago Gomes, resolveu contrariar a situação instalada, a de pobreza – a escola como privilégio de poucos – oferecendo ensino gratuito aos jovens que não tinham acesso à escola, para cursar o ginásio.

Escola Cenecista João Régis Amorim

Iniciou suas atividades em 1979, funcionando na Escola Municipal Fenelon Câmara. Hoje, com 29 anos, está situada à Rua Adauto Toledo, s/n, Bairro Ernesto Geisel – João Pessoa. Trabalha com educação infantil ao ensino médio. Sua sede própria contando de 23 salas de aula, laboratório de matemática, informática, ciências físicas e biológicas, auditório, piscinas, quadra poliesportivas, além de salas administrativas.
Além do contato com as coordenadoras do ensino fundamental e médio, tivemos contato com a coordenadora de eventos Tânia Montenegro. Ela, atrvés de uma breve entrevista, nos informou a quantidade de projetos executados ao longo do ano, os quais possuem um diálogo com o ensino das artes e onde observamos a presença da educação artística.
Por Beto Câmara e Taciana

domingo, 14 de setembro de 2008

ARTES MANUAIS/ ARTES APLICADAS




"Falar em arte aplicada significa pensar em modalidades de produção artística que se orientam para o mundo cotidiano, pela criação de objetos, de peças e/ou construções úteis ao homem em sua vida diária.”
O termo surge como distinção da arte acadêmica: denomino belas artes.
O ensino das artes aplicadas era destinado prioritariamente aos meninos enquanto que os trabalhos manuais eram destinados às meninas, nas décadas de 1930, 1940 e 1950. Os trabalhos desenvolvidos eram tapeçarias, pinturas, bordados e outros objetos.


TEmos como exemplo, os trablahos da artista Regina Graz (Tapete, déc. 1930):

DARLENE ARAÚJO

Artes Industriais

O ensino das artes industriais está relacionado ao ensino técnico-industrial nas escolas. O objetivo formar os meninos para uma educação técnica e criar, mao de obra especializada para as indústriais, pois o Brasil começava a se industrializar.

Os projetos (ligados a mecânica ou marcenaria, entre outros) eram desenvolvidos em sala de aula e os objetos idealizados pelos alunos eram realizados pelos mesmos em coletividade.

Darlene Araújo

sábado, 13 de setembro de 2008

ARTE NA EDUCAÇÃO



Através de uma pedagogia inovadora, procura-
se ajudar a criança a descobrir e respeitar seus sentimentos, seu corpo, sua família, sua comunidade e seus valores espirituais.

Professora: Mirlândia Alves.  
Funciona de Segunda a Sexta-feira. Manhã de 8:00hs as 11:00hs,  
Tarde das 14:00hs as 17:00hs,  
A escolinha atualmente tem a participação  
de 100 crianças, alternando-se entre dias  
da semana e turno durante o dia.



Escolinha Espaço de Convivência Casa de Maria: Funciona nos dois turnos, atendendo 100 crianças carentes da comunidade, na faixa etária de 05 á 12 anos. Trabalhamos com a pedagogia FRENET. É uma pedagogia que possibilita que a criança descubra através da observação, percepção, desenhos etc. suas potencialidades; Trabalha a arte, a reflexão através das experiências; Observar, agir, pensar por si mesma; Educar através do trabalho com a natureza.  

Histórico: Centro de defesa e promoção da criança – Escolinha Casa de Maria 
 
A escolinha, como é chamada pelos moradores locais, surgiu oito anos atrás com o objetivo de tirar as crianças da rua.

Com o projeto de co-gestão com a prefeitura de Fortaleza, passou-se a atender cerca de 150 crianças e foi a partir daí que o Centro passou a ser uma escola. No entanto, tenta-se ensinar mais do que as tradicionais matérias curriculares, com o objetivo de ser uma orientação para a vida. As professoras também tentam discutir com as crianças os seus problemas familiares.

Entretanto, é preciso muito mais do que a escola para manter a presença das crianças. Uma das atividades extracurriculares é o teatro, onde elas encenam peças sobre as plantas medicinais cultivadas na Farmácia Viva. Algumas ajudam na horta da comunidade e outras participam de atividades educativas.

Em 2002, a escolinha e o ateliê de arte terapia dos adolescentes, receberam um grande impulso com a chegada de duas professoras voluntárias de Florianópolis, Santa Catarina, Dra. Marilena Gonçalves e Dra. Walkiria Kaminski. Elas criaram vários programas com crianças e adolescentes que vão da reciclagem do papelateliês e arte terapiaescolinha de arte e trabalhos educativos com crianças e adolescentes em situação de 
risco.

www.4varas.com.br/esccasademaria.htm


Acho que tipos de escolinhas como estas se tornam necessárias em qualquer comunidade, desde que tenham profissionais realmente comprometido com a causa e capacitado didaticamente para repassar um pouco do seu aprendizado e conhecimento vivido envolvendo assim as crianças através de programas tão bem sucedidos como este. 

Ronaldo Figlioulo.


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Conhecimento Acumulado

Durante o período que estivemos estudando a disciplina de História do Ensino das Artes Visuais com Profº Erinaldo Alves, vimos como as Artes Visuais passaram por várias mudanças, principalmente nas nomenclaturas.

Veremos a seguir, de forma resumida, como foram essas mudanças.

 

Inicialmente, nas primeiras aulas, estudamos o jesuitismo e a educação. Os jesuítas, no período da colonização do Brasil, foram os principais educadores das crianças nessa época. A infância foi dividida em três fases: infância de ouro (crianças mais ricas), infância de prata (crianças nem ricas nem pobres) e infância de bronze (crianças pobres e índios).

Nas imagens desse período, as crianças ricas eram retratadas como anjinhos, já os mais pobres, eram retratadas como verdadeiros capetinhas.

 

Depois desse estudo inicial, o Professor Erinaldo dividiu a turma em grupos onde cada grupo ficaria responsável em pesquisar sobre a infância em uma década específica, e eu e Vera ficamos com a Infância no Século XIX e o Ensino do Desenho. No período do Ensino do Desenho, as artes eram ensinadas com técnicas e habilidades e foi dividida em Belas Artes (voltada para a socialite) e Artes mecânicas (voltada para os pobrinhos e afins).

Lembrando que a criança, nessa época, era tida como um adulto em miniatura e não tinham a liberdade de brincar e fazer outras coisas tipicamente infantis.

 

Depois do Ensino do Desenho, as artes viraram Trabalhos Manuais e Artes Aplicadas. Isso foi na década de 30, quando o Movimento da Escola Nova foi trazido para o Brasil. Os Trabalhos Manuais eram voltados para as meninas, onde elas aprendiam corte e costura, bordados, tricô, crochê e até mesmo culinária e saíam da escola prontas para serem donas de casa. Já nas Artes Aplicadas, que era voltado para os meninos, o ensino estava voltado para o trabalho.

 

Logo na seqüência, por volta da década de 50, veio a Educação pela Arte, promovido por Hebert Read e Viktor Lowenfeld. A idéia era ter a arte como base na educação para a formação de crianças auto-expressivas e felizes, onde o educador seria um vigente paciente e amoroso, que desenvolvesse a capacidade criadora de cada aluno, para que tudo estivesse em harmonia.

 

Na década de 60 foi a vez das Artes Industriais, que surgiu a partir do grande desenvolvimento industrial aqui no Brasil. As aulas de Artes Industriais eram voltadas para criação e execução de projetos elaborados pelos alunos. Era necessário que esses projetos tivessem alguma utilidade. A intenção dessas aulas para dar uma profissionalização aos alunos de baixa renda, para que saíssem da escola prontos para o mercado de trabalho.


Depois, veio a mais famosa de todas: Educação Artística. Na EA, o professor se caracterizava, principalmente, pela sua polivalência. O professor de educação artística ensinava de tudo um pouco: desenho, pintura, música, teatro...

A arte, nessa época, era tida como um dom. Era voltada para a expressão, emoção, sentimento, fazendo o professor incentivar o aluno a ter sua auto-expressividade, prejudicando o ensino e os bons resultados da disciplina.


Passando da fase Educação Artística, chegou a vez da Arte Educação, que desenvolveu-se através da insenção do movimento Escolinha de Arte aqui no Brasil. O professor de Arte-educação não tinha mais a arte como um dom. Para o arte-educador, a arte se aprende e se ensina, e assim, eram mais preocupados com a cognição, com o conhecimento. Levavam especificades da arte para o aluno, para que cada um aprendesse verdadeiramente a arte. Com isso, o conhecimento do aluno era expandido, a criatividade era bem trabalhada e os resultados obtidos eram positivos.


Por Danielle Costa

Pesquisa Frustrante

O Professor Dr. Erinaldo Alves do Nascimento, da disciplina de História do Ensino das Artes Visuais da Universidade Federal da Paraíba, solicitou uma pesquisa aos alunos sobre o ensino das artes visuais nas escolas da rede particular da cidade de João Pessoa, Paraíba. Nesta pesquisa, os alunos-pesquisadores teriam que resgatar documentos contendo informações sobre essas aulas, e também imagens que mostrassem como essas aulas eram ministradas.

Para iniciar nossa pesquisa, no dia 15 de agosto do ano corrente, comparecemos ao Instituto de Educação Carrazzoni, localizado na Av. Padre Pinto, 251, Expedicionários, onde a diretora da instituição, Nalva, negou a liberação dos dados necessários para a pesquisa, alegando que estava muito atarefada com as preparações para o desfile de 7 de Setembro.

Sem desistir, no dia 26 de agosto, nos dirigimos ao Intituto Rio Branco, na Av. Júlia Freire, 855, Torre. A diretora sugeriu uma conversa informal com uma das professoras de Artes, a Profª Eliana. Esta conversa ficou marcada para o dia seguinte e no dia seguinte, 27 de agosto, comparecemos no local e hora marcados, mas a diretora nos pediu desculpas pois tinha se confundido em relação ao horário, marcando novamente para outro dia.

Tentamos realizar a pesquisa em outra escola e fomos ao Instituto Augusto dos Anjos, na rua Quintino Bocaiúva, 625, Torre. Ao conversar com a secretária da instituição, a mesma argumentou que não seria possível nos fornecer os dados que procurávamos pois a diretora não iria aceitar por motivos de força maior.

Com isso, concluímos  a nossa pesquisa sem nenhum material coletado, mas com a certeza de que nas instituições de ensino ainda existem muitas pessoas com falta de profissionalismo e má vontade, dificultando o trabalho de nós, pesquisadoras, em tentar resgatar um pouco da história do Ensino das Artes Visuais na cidade de João Pessoa.

Por :
Adriana Silva do Nascimento
Danielle Costa

DA BAUHAUS À DÉCADA DE 50

Em 1919, em Weimar, fundou-se a escola Bauhaus, sob a direção do arquiteto Walter Gropius, membro da Werkbund. A Bauhaus é considerada a primeira escola de desenho e nela formaram-se importantes arquitetos artesãos e artistas que , seguindo as vangardas artísticas da época, influenciados pelo cubismo, pelo construtivismo e pelo abstracionismo, propuseram a simplificação geométrica e recusaram a ornamentação supérflua, pois não obedecia a critérios racionalistas nem sociais. Consideravam que o desenho e a arte deviam serd de uso cotidinao e acessíveis a todas as classes sociais.
No desenho industrial, uma das realizações mais famosas da Bauhaus foram os móveis de tubo de aço de Marce Breuer e de Mies van der Rohe.
No período de expansão econômica que ocorreu entre as duas guerras mundiais, surgiu na França o art déco, que mais tarde se expandiria à Europa e à América. Este movimento representava um certo desejo de diversão e de luxo, recolhendo influências egípcias e cubistas. Exemplos característicos do art déco são os móveis laqueados em preto, com decoração geométrica e detalhes de cores vivas.
Entre 1930 e1950, os EUA assumiram a liderança internacional do desenho e o styling teve uma grande aceitação na sociedade de consumo em expansão.
A partir da década de 30 e sobretudo da década de 50, as tendências européias seguiram os princípios da Bauhaus e do funcionalismo.

Por: Patrícia Rocha do N. Freitas.

Fonte:Enciclopéidia Barsa Vl.6 pg.1859

CONHECIMENTO ACUMULADO

Na disciplina História do Ensino da Artes Visuais, foi dado ênfase ao modo de como a criança vem sendo representada ao longo dos tempos.
O primeiro assunto abordado foi a educação dada pelos jesuítas, que sabiam muito bem do poder que tinham as imagens, usando-as à seu favor no processo de catequização. Ficamos conhecendo a infância de ouro, representada pelos nobres, a infância da prata onde as crianças desenvolviam o hábito da leitura, escrita e oralidade destinados aos futuros padres e a terceira infância que é a de bronze que pertenciam as crianças pobres e indíginas.
Nosso primeiro trabalho foi uma pesquisa sobre de como a infância vem sendo representada durante esses anos. Eu fiquei com a década de 80, período em que surgiu o Movimento Arte-Educação.
Em seguida vimos a Educação pela Arte, onde debatemos muito sobre dois grandes estudiosos do assunto: Victor Lowenfeld e Herbert Read.
Um outro assunto abordado foi o Movimento Escolinha de Arte no Brasil, liderado por Augusto Rodrigues, dando ênfase a livre expressão da criança.
No decorrer das aulas entendemos a diferença que existe entre o professor de Educação Artística e o Arte-Educador: o primeiro é polivalente, o segundo trabalha na sua área específica.
Aprendemos também sobre às Artes Industriais e Aplicadas. Nas artes industriais, as aulas centravam-se no desenho de projetos industriais, já nas Artes Aplicadas as aulas eram diferenciadas: os meninos aprendiam as técnicas do desenho e as meninas trabalhos domésticos destinados ao lar.
Por fim acho que a disciplina foi bastante proveitosa para mim e para todos.
Por: Patrícia Rocha do N. Freitas.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O Colégio Nossa Senhora de Lourdes, o ensino das Artes Visuais e Dona Isolda (Período antes da década de 80)

Pesquisa: História do ensino das artes visuais na Paraíba em imagens e documentos: o caso das escolas particulares (Período antes da década de 80)
Instituição pesquisada: Colégio Nossa Senhora de Lourdes
Coordenador da pesquisa: Prof. Dr. Erinaldo Alves do Nascimento
Colaboradoras da pesquisa: Sandra Valéria e Vera Luna

I – BREVE HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Nossa Senhora de Lourdes (ou Lourdinas) foi fundado no dia 4 de março de 1940, em João Pessoa (PB). Iniciou suas atividades educacionais com 45 alunos, estabelecendo-se, provisoriamente, na Rua Monsenhor Walfredo Leal, no. 476, no bairro de Tambiá. Foi o primeiro colégio da Ordem Nossa Senhora de Lourdes no nordeste brasileiro e, para sua fundação, contou com apoio e incentivo decisivos do Arcebispo da Paraíba, na época, Dom Moisés Coelho, além da coragem, determinação e idealismo de seis religiosas que chegaram à Paraíba no navio Itaquera, no dia 02/ 03/1940.

No ano seguinte (1941), o colégio foi transferido para a Rua Epitácio Pessoa, nº. 208, onde funciona até hoje.


Detalhe da fachada lateral do Colégio.

Consolidou-se ao longo desses anos como um colégio que prima pela qualidade de ensino e pela formação moral e espiritual dos jovens, já que se trata de um colégio religioso católico. Atualmente, funcionando em instalações amplas e modernas, tem como missão: promover a educação integral do educando com vistas ao exercício pleno da cidadania, tornando-o capaz de interferir, com ética e competência, no processo sócio-econômico-cultural do Brasil.

Reconhecido como um colégio que oferece condições para o aluno se desenvolver em todos os aspectos, na cultura, nos esportes, nas artes, tem oferecido cursos desde o Jardim de Infância até o Ensino Médio. No passado, o colégio oferecia também os Cursos Científico, Pedagógico e Clássico.

Atualmente, ainda desenvolve um trabalho social voltado para a Escola São José, que funciona gratuitamente pela manhã e à tarde, e para a Escola Fundamental Nossa Senhora de Lourdes, que funciona à noite.

Pátio interno do colégio.


II - RELATO DAS VISITAS AO COLÉGIO

A nossa primeira visita ao colégio Nossa Senhora de Lourdes foi no dia 21de agosto de 2008. Fomos recebidas pela Diretora, Irmã Sueli, que nos informou da dificuldade de acesso a documentos antigos referentes às disciplinas, uma vez que só preservavam documentos dos dez anos anteriores, exceto documentos dos alunos.


A diretora, Irmã Sueli, respondendo às perguntas
da pesquisadora Sandra.

A pesquisadora Vera recebe da diretora uma publicação sobre o colégio.


Ela nos ofereceu uma publicação comemorativa dos 60 anos do Colégio, que ocorreu em 2000, e aceitou que fizéssemos uma pesquisa em álbuns antigos de fotos numa próxima visita. Na verdade, ela não nos passou diretamente muitas informações sobre o assunto principal da pesquisa: o ensino de arte até a década de 80. No entanto, foi preciosa a referência que fez a uma professora aposentada das Lourdinas, que atualmente fazia um trabalho voluntário na Escola São José, que é mantida pelo Colégio.

Com essa valiosa informação, fomos à Escola São José e conseguimos o telefone da professora.

Retornamos ao Colégio das Lourdinas no dia 27 de agosto de 2008 e passamos uma tarde folheando os álbuns de fotos antigas, na busca de imagens sobre o ensino de artes.

Pesquisa nos álbuns de fotos.

Sala de Desenho em 1951.

Constatamos que havia muitas fotos da sala muito bem equipada de ciências, fotos de eventos esportivos, das festas, das formaturas, mas havia poucas sobre o ensino de arte no período que nos interessava, entre elas encontramos fotos de um coral, de danças em datas comemorativas, de exposições de artes, etc.


Frase da foto: a atividade artística dá à vida alegria e entusiasmo. Atividade artística de canto coral (1976-1978).


Aula de arte culinária (1978).


Exposição de artes (1985).

III – RELATO DA VISITA E ENTREVISTA COM A PROFESSORA DE ARTES APOSENTADA.

Encontramos a professora Isolda Soares da Silva na manhã do mesmo dia (27/08).Fomos acolhidas com simplicidade e alegria, vestido azul solto, cabelos branquinhos, histórias emocionadas da sua vida pessoal e profissional. Abriu a porta da casa simples, lá nas Trincheiras, e descortinamos um outro mundo.


Dona Isolda – uma vida dedicada ao ensino dos trabalhos manuais.

Dona Isolda nasceu no dia 25 de janeiro de 1923.

Sem pagar ingresso, entramos num verdadeiro museu de trabalhos manuais cheio de preciosidades. Ali estava Dona Isolda, com 85 anos, o maior tesouro, e foi assim que a chamou o pai antes de morrer: “Minha filha, você é o meu maior tesouro!”


Técnicas diversas

Os trabalhos de Dona Isolda com sua foto quando jovem.

Ela guardou uma amostra de tudo que fez nos trabalhos manuais, ao longo dessas décadas. Tudo organizado, arrumado e limpíssimo.

Técnicas diversas.


Técnicas diversas.

Técnicas diversas.


“Gosto muito dos meus trabalhos”, assim ela vai dizendo e mostrando em todos os cômodos da casa, em todas as paredes, dentro dos guarda-roupas, como santuários, em todos os móveis, sua vida de professora de Trabalhos Manuais, Educação para o Lar, Artes Industriais e Artes Domésticas há quarenta e tantos anos.

Dentro do guarda-roupa, suas relíquias, seus trabalhos.

O santuário das artes manuais.

Ensinou na Escola Zulmira de Novais da Prefeitura, no GPT de Cruz das Armas, no Oscar de Castro, quando tinha apenas a 6ª série. Mas sabia fazer flores, botões de rosa, macramé etc. Muito tempo depois, em 1967, é que começou a ensinar nas Lourdinas.


Moldura de espelho em macramé.


Pinturas e outras técnicas.


Banquinho revestido com papel de revista e abajur.

Contou-nos, então, toda a sua luta para ser contratada como professora e para concluir o curso pedagógico, pois sempre era reprovada em matemática. Aprendeu muitas dessas "artes”, quando tinha 12 anos, nos cursos do Padre José Coutinho.


Relógio com aplicação de macramé.


Trabalho em tecido.


Trabalhos manuais diversos.

Posteriormente, fez muitos cursos, como o de Curso de Tecelagem no Serviço Social da Indústria – SESI/PB (1961), passando por Culinária e Trabalhos Manuais na Universidade do Lar Pirani – São Paulo (1962); Corte e Costura no SESI - PB; Plastispuma, em São Paulo (1962); Frutas de cera e Flores (1966), no Centro Social do Governo do Estado; Pátinas (1966) e Curso de metal (1967), também no Centro Social do Estado; Trabalhos em couro (1970) do Departamento de Serviço Social do Governo de Estado - Divisão de Ensino Profissional e Economia Doméstica; Cursos de Artes na Educação (1972) da Secretaria de Educação e Cultura da Prefeitura de João Pessoa; Curso de Pintura acrilex (1973 ), no SESI - PB e Processos Desibitórios da criatividade, na Coordenação de Extensão Cultural – Setor de Artes Plásticas da Universidade Federal da Paraíba (1979).


Certificado do Governo da Paraíba.

Certificado da Prefeitura Municipal de João Pessoa.

Certificado do SESI.

Certificado da Universidade Federal da Paraíba.

Sua vida é história viva de uma fase do ensino de artes nas escolas; sua casa, uma espécie de museu, que guarda seus tesouros, dos quais ela tem muito orgulho.

Trabalhos em madeira com desenho criado pela professora Isolda.


Trabalho na técnica de pirogravura.


Criação na técnica de pirogravura.

Respondeu-nos sobre seus planos de aula, afirmando que era totalmente livre para planejar e escolher o que ensinar nos seus cursos.


Procurando os planos de aula.

Procurando os planos de aula.


O plano de aula continha lista de material e instruções.


Continuação do plano de aula.

A sua trajetória como professora ilustra bem a fase do ensino de artes nas escolas, voltada para os trabalhos manuais, educação para o lar, para as artes domésticas, portanto, mais direcionado para o sexo feminino e totalmente desvinculado dos movimentos artísticos da época.

Pela atuação profissional de Dona Isolda, pode-se comprovar que o ensino de Trabalhos Manuais, apesar das mudanças de concepção e terminologia ao longo dessas últimas décadas, permaneceu nas escolas particulares da Paraíba por um longo período.

A pesquisadora Sandra e Dona Isolda

A pesquisadora Vera e Dona Isolda
Nossos agradecimentos e nossas homenagens à Professora de Artes, Isolda Soares da Silva.
Nossos sinceros agradecimentos ao Colégio Nossa Senhora de Lourdes (Lourdinas) pela ajuda na realização da pesquisa.


Sandra Valéria

Vera Luna
DIÁRIO DE DOIS PESQUISADORES PRINCIPIANTES


Quando fomos orientados a fazer uma pesquisa, fotográfica e documental, sobre as aulas de artes visuais em escolas particulares, fizemos um levantamento e escolhemos a Escola Academia de Comércio Epitácio Pessoa. Aqui começaram nossos problemas. Por telefone, falamos com funcionários da citada escola e explicamos a intenção da pesquisa e o tipo de material que estávamos interessados. Marcamos data e horário e fomos à visita. Ficamos surpresos quando descobrimos, com a diretora, que a escola só disponibilizou aula de artes aos alunos a partir do ano 2000, quando foi incluído o ensino médio normal. Anteriormente era apenas curso técnico profissionalizante em Administração e Contabilidade. A surpresa negativa ocorreu porque nos contatos telefônicos havíamos tido a confirmação sobre o direcionamento da pesquisa.

Após algum tempo atônitos com a notícia, tivemos que nos focar em outra escola. As mais conhecidas, porém, já haviam sido escolhidas pelos colegas. Foi então que surgiu a idéia de fazer contato com o colégio Pinocchio. Lá fomos muito bem recebidos e já no segundo contato tivemos acesso ao material a ser pesquisado. Outra decepção! As fotos, não datadas, não identificadas e não conservadas estavam amontoadas umas sobre as outras e acondicionadas em um caixa de médio porte. Esse é todo o registro disponível dessa escola que foi inaugurada na década de 70 e que agora em novembro completará 38 anos de fundação. Ficamos espantados porque pensamos, no início, que teríamos dificuldades no acesso ao material, mas não que ele iria ser tão escasso ou inexistente. Aconteceu justamente o inverso. Não foi pedido qualquer tipo de identificação e ainda permitiram que trouxéssemos as fotos para digitalizar sem pedirem nem um simples número de telefone para contato.

Apesar de toda a dificuldade, encontramos algumas fotos interessantes que serão postadas com seus respectivos comentários. Com o propósito de atrair a atenção para nossa pesquisa resolvemos exibi-las de maneira menos formal, começando da primeira tentativa de contato com a escola. Tentamos, nessa exposição do material, fazer relação com o conhecimento acumulado na disciplina de História do Ensino das Artes Visuais.

Esperamos que gostem!







Carlos Nazareno e
Karlene Braga

Artes Industriais - Ginásio Vocacional Cândido Portinari em Batatais - São Paulo





O trabalho referente ao link abaixo contém fotos (dentre as que estão acima) são para ilustrar o tópico “Arte Industriais”. Entendo que as imagens inseridas no referido documento são uma relíquia, inclusive para o momento das Artes Industriais.








Ronaldo Figlioulo

Fotos da década de 60




Karlene Braga

Fotos da década de 50








Karlene Braga